Natura reviverá auge de 2005 a 2012? Bradesco BBI vê ação com alta potencial de 30%
Analistas do Bradesco BBI destacam que a Natura&Co possui perspectivas sólidas para recuperação, impulsionadas pela operação lucrativa na América Latina. A recomendação de compra é apoiada pela gestão eficiente e pela busca de soluções para os desafios da Avon Internacional.
Natura&Co (NTCO3) tem potencial de crescimento novamente, afirmam analistas do Bradesco BBI.
No relatório de terça (11), o banco mantém a recomendação outperform e um preço-alvo de R$ 17, indicando alta de 30% em relação ao fechamento anterior.
A análise separa os negócios da empresa: a operação lucrativa da Natura na América Latina e os prejuízos da Avon Internacional.
A empresa busca uma solução estratégica para a Avon, cuja manutenção consome cerca de R$ 0,30 por ação anualmente. Encerrar essa unidade poderia resultar em um efeito pontual de R$ 0,90 por ação.
“Quanto mais cedo uma solução for encontrada, maior será a geração de valor”, afirmam os estrategistas.
O BBI destaca a capacidade da administração em lidar com desafios financeiros, como as vendas da Aesop e The Body Shop.
O cenário-base considera o encerramento da operação da Avon, resultando em uma penalidade de R$ 1,2 bilhão no fluxo de caixa livre. A Natura na América Latina tem perspectivas positivas, com o segmento de cosméticos e cuidados pessoais apresentando menor volatilidade.
A participação de mercado da empresa deve se expandir, impulsionada pela Wave 2 na Argentina e México.
O Bradesco BBI estima um valor presente líquido (VPL) de R$ 24 bilhões para a unidade da América Latina, com fluxo de caixa livre de R$ 1,8 bilhão.
A Natura apresenta margens brutas acima da média do setor, com crescimento acelerado na receita e geração consistente de caixa.
O múltiplo preço/lucro ajustado para 2025 é de 10 vezes, indicando uma avaliação atrativa para a ação.