Navios de guerra e milícias: a escalada de tensão entre EUA e Venezuela
EUA intensificam presença militar na costa da Venezuela para combater tráfico de drogas. Maduro responde com mobilização de milícias em defesa do regime.
Casa Branca afirma que EUA usará "todos os elementos do poder americano" para impedir entrada de drogas no país, em declaração sobre a Venezuela.
A afirmativa foi feita em 19/08 pela porta-voz Karoline Leavitt e reflete a movimentação de três navios de guerra americanos para a costa venezuelana, conforme publicado pela Reuters em 18/08.
Os navios USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson devem chegar em 36 horas, visando o combate a gangues de tráfico de drogas.
A mobilização incluirá cerca de 4.000 marinheiros e fuzileiros navais, aviões espiões P-8 e um submarino de ataque. A operação poderá levar meses.
Leavitt não respondeu diretamente sobre a movimentação, mas reiterou a posição dos EUA sobre o governo de Nicolás Maduro, chamando-o de "cartel narcoterrorista".
Os EUA aumentaram a recompensa para US$ 50 milhões por informações sobre a prisão de Maduro, considerado um dos maiores narcotraficantes do mundo.
Em resposta, Maduro planeja mobilizar 4,5 milhões de milicianos armados, acusando os EUA de fazer "ameaças bizarras".
O ministro do Interior, Diosdado Cabello, declarou que a Venezuela está pronta para responder, afirmando: "Estamos mobilizados em todo o Caribe... em nosso território."
Mesmo com tensões históricas, há indícios de uma aproximação pragmática entre EUA e Venezuela, como evidenciado por uma troca de prisioneiros em julho.