Negar os fatos é abrir caminho para o retrocesso
Artigo alerta para o risco de retrocessos na política econômica do Brasil devido à negação dos avanços alcançados entre 2019 e 2022. A importância de um debate honesto sobre os dados reais é fundamental para evitar que conquistas sejam desfeitas por ideologias.
País cresce com debate honesto de ideias — não com narrativas fabricadas ou dados ignorados.
Atualmente, o Brasil enfrenta um risco de retrocessos graves na política econômica, refletindo uma disputa ideológica.
No governo Bolsonaro, a estratégia econômica baseou-se em dois pilares:
- consolidação fiscal e redução de gastos públicos;
- reformas pró-mercado para aumento da produtividade.
A relação dívida/PIB caiu de 75,3% em 2018 para 71,7% em 2022. Os gastos do governo como proporção do PIB foram reduzidos de 19,3% para 18%.
Estimativas independentes indicam uma queda de 0,5 ponto percentual no déficit estrutural de 2019 a 2022.
No campo das reformas, avanços importantes ocorreram:
- modernização de marcos legais como o novo marco do saneamento e da Lei da Liberdade Econômica;
- crescimento do crédito como proporção do PIB de 47,4% para 53,2%;
- umento da corrente de comércio de 22,3% para 32,6% do PIB.
Mais de um terço das empresas estatais foram vendidas ou fechadas, gerando arrecadação superior à de 1980-2018.
Apesar dos dados, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nega os avanços econômicos, mesmo com informações confirmadas por sua supervisão.
É alarmante que economistas renomados raramente mencionem as conquistas do período 2019-2022. A falta de defesa das boas práticas econômicas abre espaço para reversões perigosas.
Este apelo à responsabilidade visa construir uma política econômica equilibrada, reconhecendo os acertos e corrigindo erros, ao invés de revanchismo ideológico.
A pergunta que fica: estamos dispostos a desconsiderar os avanços de 2019 a 2022 por questões ideológicas? O futuro do Brasil deve ser baseado em fatos, não em narrativas.