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Negociação com EUA fica mais complicada após prisão domiciliar de Bolsonaro, diz FGV

Tarifas de 50% sobre produtos brasileiros refletem a turbulência política e dificultam negociações comerciais entre os países. Analistas apontam que a situação pode impactar seriamente a cadeia de suprimentos e a competitividade dos produtos no mercado americano.

Tarifas de 50% impostas pelo governo dos EUA a produtos brasileiros entram em vigor nesta quarta-feira (6).

Essa taxação ocorre em meio à instabilidade política causada pela prisão domiciliar de Jair Bolsonaro e à imprevisibilidade do comércio exterior.

O presidente Donald Trump mencionou a situação legal de Bolsonaro na carta que comunica a taxação. Com a confirmação da prisão domiciliar por Alexandre de Moraes, as perspectivas de negociação se tornam ainda mais complicadas.

Segundo Leonardo Paz Neves, analista da FGV, a provocação de Bolsonaro pode ter sido intencional para sabotar negociações. Ele acredita que não há expectativa de isenções em curto prazo e que o cenário atual dificulta a situação.

A instabilidade no comércio afeta diversas nações parceiras dos EUA, com incertezas sobre quais tarifas se aplicarão no futuro. Neves destaca que a reorganização das cadeias de suprimentos não é imediata e que haverá necessidade de um tempo para clareza nas alíquotas.

Os produtos mais vulneráveis incluem café, carne e frutas, especialmente a manga brasileira. No caso do café, os EUA não possuem fornecedores suficientes para atender à demanda interna. Assim, o produto provavelmente continuará sendo exportado, com o consumidor arcando com o custo do imposto elevado.

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