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Negociações avançam, e linha de assistência do FGC ao Banco Master deve ser aprovada nesta semana

Banco Master deve receber assistência de liquidez do FGC para enfrentar passivos, em meio a negociações de compra pelo BRB. A reavaliação dos ativos remanescentes do "bad bank" também pode influenciar na decisão do Banco Central.

Negociações do Master com o FGC podem resultar na concessão, nesta semana, de uma linha de assistência de liquidez ao banco de Daniel Vorcaro.

A aprovação desta linha é a primeira fase antes da análise final pelo Banco Central sobre a compra do Master pelo BRB.

As negociações avançaram após o BRB protocolar uma nova proposta de compra de uma fatia do Master, revisando o "perímetro" do negócio. Os ativos remanescentes do Master foram recalculados, subindo de R$ 23 bilhões para R$ 33 bilhões.

Essa linha de assistência será, inicialmente, emergencial, para suportar passivos vencendo dos CDBs emitidos pelo Master, que totalizam R$ 53 bilhões, garantidos pelo FGC até R$ 250 mil por CPF/CNPJ.

A linha de assistência deve ser definida em um a três dias; a decisão está com o conselho do FGC. Os detalhes permanecem sigilosos, a menos que haja solicitação de divulgação.

Vorcaro também negocia a venda de ativos pessoais, como precatórios, com os donos da J&F, para ajudar no passivo do "bad bank". Este assunto foi discutido em reunião com o presidente do BC, Gabriel Galípolo.

A próxima fase envolverá uma liquidação privada de ativos não absorvidos pelo BRB, possivelmente com suporte de outra linha do FGC. O chairman do BTG Pactual, André Esteves, é o mais interessado em ser o liquidante.

A avaliação final da operação do BRB pelo BC pode levar mais algumas semanas, culminando no "closing" do negócio após a assinatura do contrato.

A nova proposta considerou a conclusão da auditoria e solicitações do BC, tornando a operação mais enxuta e confortável para os envolvidos.

O FGC e o BC não comentam casos específicos. Desde 2008, o FGC pode oferecer linha de assistência, preferindo empréstimos à liquidação de instituições financeiras, economizando em relação aos custos de cobertura de depósitos.

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