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Negociadores da União Europeia e dos EUA terão encontro em Wasghinton na segunda-feira

Reunião entre a UE e os EUA busca negociar tarifas em meio à guerra comercial. Ursula von der Leyen alerta para retaliações em caso de falha nas conversas e destaca o impacto no setor de serviços.

Reunião UE-EUA em Washington será realizada na próxima segunda-feira, conforme anunciou a Comissão Europeia.

O encontro ocorre em meio à guerra comercial iniciada pelo presidente americano Donald Trump. Ele recuou parcialmente nas "tarifas recíprocas" e pausou a aplicação de taxas sobre produtos importados de diversos países por 90 dias, exceto a China. Para a UE, a taxa seria de 20%.

A União Europeia também suspendeu tarifas recíprocas para facilitar as negociações. Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, afirmou que a UE deseja um acordo “completamente equilibrado” e advertiu que, se as conversas falharem, poderá ampliar a guerra comercial para o setor de serviços, incluindo um imposto sobre receitas digitais que afetaria gigantes como Meta, Google e Facebook.

Enquanto isso, o presidente da China, Xi Jinping, enfatizou a necessidade de que seu país e a Europa resistam ao "assédio unilateral" dos EUA.

A possível tarifa sobre serviços digitais seria aplicada em todo o mercado único europeu, ao contrário dos impostos sobre vendas digitais, que são individuais para cada Estado-membro.

Von der Leyen afirmou que turbulências nos mercados não beneficiam ninguém e descartou mudanças nas regulamentações da UE, que são vistas pelos EUA como taxação às empresas de tecnologia.

Caso as negociações não avancem, a UE reativará medidas de retaliação contra tarifas dos EUA sobre aço e alumínio. Além disso, a presidente mencionou que contramedidas visando o superávit de serviços dos EUA com a UE também estão em discussão.

Von der Leyen expressou que a UE “não tolerará” o redirecionamento de produtos chineses afetados por tarifas dos EUA para a Europa, e que salvaguardas serão adotadas caso haja aumento nas importações chinesas.

Ela alertou o primeiro-ministro chinês Li Qiang sobre isso, recebendo a resposta de que “esse risco não existe, pois eles estimulariam o consumo interno na China.”

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