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Negócios da BP continuam na mira de rivais, mesmo com negativa da Shell

Pressionada pela queda no valor de suas ações, a BP busca fortalecer seu balanço com a venda de ativos essenciais enquanto analistas alertam sobre a necessidade de reverter sua situação financeira. A concorrência no setor e a incerteza do mercado complicam ainda mais as negociações para possíveis aquisições.

CEO da BP, Murray Auchincloss, fugiu da pergunta sobre a venda da empresa, afirmando que "ninguém oferece o preço certo".

A concorrente Shell declarou que não pretende buscar uma fusão que criaria uma gigante para rivalizar com a ExxonMobil, trazendo alívio temporário à BP.

Os desafios permanecem, já que a BP enfrentou uma queda de 14% no preço de suas ações desde sua desistência no setor de energia renovável em fevereiro. Consultores indicam que a pressão por ações que revertam a erosão do valor dos acionistas irá aumentar.

O preço do petróleo caiu para US$ 68 por barril e deve seguir em tendência de baixa. Poucos compradores, como a Shell e a Adnoc, têm interesse em adquirir a BP completa.

A BP planeja vender US$ 20 bilhões em ativos até 2027, mas Auchincloss busca proteger os principais ativos, como produção de petróleo e gás e refinarias.

Especialistas afirmam que a BP está com um desconto significativo em relação ao seu valor real. O Golfo do México é considerado uma das maiores joias da empresa, enquanto a BPX pode atrair licitantes por seus ativos de xisto.

A separação de negócios pode prejudicar o modelo integrado da BP, que depende fortemente de sua cadeia de suprimentos que gera US$ 4 bilhões em lucros anuais.

O investidor ativista Elliott, com 5% de participação, pediu à BP que se desvinculasse totalmente das energias renováveis, complicando a situação em um mercado marcado por incertezas.

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