Netanyahu desperdiça oportunidade de pôr fim à guerra na Faixa de Gaza
Após a vitória militar sobre o Irã, Netanyahu enfrenta crescente pressão interna e internacional para encerrar o conflito em Gaza. A falta de concessões de ambas as partes tem estagnado as negociações, enquanto os apelos por um acordo diplomático se intensificam.
Binyamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, teve um momento de confiança após uma vitória militar sobre o Irã em junho.
Contudo, seis semanas depois, as negociações com o Hamas estão travadas novamente. Israel busca encerrar a guerra de uma vez, revertendo a situação a 19 meses atrás, quando tentativas similares falharam.
Os apelos por concessões de ambos os lados permanecem sem resposta. Oren Setter, ex-negociador israelense, destacou que, sem mudanças no governo, um acordo abrangente é improvável.
A situação em Gaza é crítica: a fome aumenta devido ao bloqueio israelense, e a condenação internacional cresce. Vários aliados de Israel reconheceram um Estado palestino em protesto, enquanto nos EUA, senadores estão bloqueando vendas de armas a Israel.
O descontentamento interno cresce, questionando a capacidade de Israel de sustentar a guerra. Após casos de suicídio entre reservistas, um comitê foi criado para investigar apoio a soldados.
Analistas, como Daniel Shapiro, criticaram a falta de ação do presidente Trump para pressionar Netanyahu a encerrar a guerra, levando a um atraso catastrófico em Gaza, onde civis enfrentam fome extrema.
Na comunidade israelense, há um aumento no número de cidadãos pedindo o fim da guerra. Ex-chefes de segurança israelenses lançaram um vídeo pedindo a cessação das hostilidades, afirmando que a guerra tornou-se interminável e sem propósito.
Netanyahu, por outro lado, mantém que a guerra continuará até que o Hamas seja destruído e os reféns libertados. Contudo, críticos questionam se a continuidade da guerra realmente afeta o Hamas ou se coloca os reféns em maior risco.