Netanyahu desperdiça oportunidade de pôr fim à guerra na Faixa de Gaza
O governo de Netanyahu enfrenta crescente pressão interna e internacional para encerrar a guerra em Gaza, enquanto as negociações para um acordo permanecem estagnadas. O descontentamento público se intensifica, com apelos para libertar os reféns e acabar com a catástrofe humanitária no território.
Netanyahu desperdiça vitória militar sobre o Irã em junho, que havia lhe garantido capital político. As negociações com o Hamas estão paralisadas novamente.
Israel agora busca um acordo que encerre a guerra de forma imediata, revertendo esforços de 19 meses. Tanto Israel quanto o Hamas hesitam em fazer concessões essenciais.
Oren Setter, ex-negociador, afirma: “Sem mudanças, não haverá acordo e os reféns não voltarão”. A boa vontade acumulada por Netanyahu evaporou no cenário doméstico e internacional.
A condenação à crise humanitária em Gaza atinge níveis alarmantes. Vários aliados de Israel reconhecem Estados palestinos ou anunciam planos para fazê-lo.
Nos EUA, senadores democratas tentam bloquear vendas de armas a Israel. A oposição interna à guerra em Gaza cresce, com apelos por um acordo diplomático para a libertação dos reféns.
Pese o aumento no cansaço militar das reservas, o governo continua sem alterar sua abordagem. A situação em Gaza se agrava, com civis morrendo de fome e caos na distribuição de alimentos.
A insatisfação cresce entre os israelenses, com vozes de ex-chefes de segurança pedindo o fim da guerra, afirmando que a situação atual coloca em risco a segurança e a identidade de Israel.
Netanyahu, no entanto, insiste que os objetivos da guerra não foram alcançados e promete libertar os reféns e destruir o Hamas. Seus críticos argumentam que a continuação do conflito pode prejudicar os reféns e deteriorar a reputação de Israel.