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Netanyahu diz que pretende tomar controle total de Gaza

Netanyahu confirma intenção de controle militar total sobre Gaza, enquanto divergências com a cúpula militar geram tensão. O governo enfrenta pressões internas e externas sobre a situação dos reféns e a expansão das operações militares.

Netanyahu planeja controle militar total da Faixa de Gaza

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou nesta quinta-feira (7) que o país pretende assumir o controle militar de toda a Faixa de Gaza, com a intenção de posteriormente transferi-la para um órgão militarizado.

Durante entrevista à emissora americana Fox News, Netanyahu disse: "Não queremos mantê-la. Queremos ter um perímetro de segurança." Essa declaração surge após diferências com a cúpula militar, que discorda dos planos de ocupação total do território.

Em reunião na terça (5), surgiram tensões entre Netanyahu e o chefe do Exército, Eyal Zamir. Enquanto Netanyahu defendeu a ocupação total, Zamir alertou que isso poderia comprometer a segurança dos reféns sob o poder do Hamas.

Extrema direita criticou Zamir, e seu filho, Yair Netanyahu, aludiu a uma possível rebelião. O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, insistiu que os militares devem seguir as ordens da cúpula política.

O ministro da Defesa, Israel Katz, reafirmou que o Exército executará as decisões políticas. O ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, também expressou apoio ao controle militar de Gaza.

Em resposta a essas declarações, Zamir destacou que devem agir com responsabilidade e integridade, focando na defesa do Estado.

Pesquisas mostram que muitos israelenses preferem que a guerra termine com um acordo para a libertação dos reféns. A mãe de um refém, Einav Zangauker, pediu protestos contra a expansão da guerra, expressando preocupação com a segurança dos kidnappados.

A ONU classificou uma possível ampliação das operações em Gaza como "profundamente alarmante". A situação humanitária é crítica, com 87,8% da região sob ordens de deslocamento, afetando 2,1 milhões de civis.

O IPC indicou que Gaza enfrenta "o pior cenário possível" de fome, com quase 200 palestinos mortos devido à falta de alimentos desde o início da guerra, sendo metade crianças.

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