Netanyahu e cúpula militar divergem sobre ocupação de Gaza, e gabinete enquadra Exército publicamente

Divergências em Israel: O governo de Israel, liderado pelo primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, enfrenta tensões com a cúpula militar sobre a tomada da Faixa de Gaza. Membros do governo tentam intimidar publicamente o Exército.

Em 6 de novembro, o ministro da Defesa, Israel Katz, afirmou que os militares seguirão as ordens do gabinete. Ele declarou: "O Exército as executará com determinação e profissionalismo".

As discordâncias surgem entre Netanyahu e o chefe do Estado-Maior, Eyal Zamir. Enquanto Netanyahu quer controlar todo o território palestino, Zamir vê a ocupação total como uma armadilha, alertando sobre o perigo aos reféns do Hamas.

Críticas da extrema direita: O gabinete somente comentou que Netanyahu teve uma "discussão de segurança" com Zamir. O filho de Netanyahu, Yair, insinuou uma possível rebelião contra o pai. O ministro Itamar Ben Gvir exigiu que Zamir seguisse as instruções políticas.

O líder da oposição, Yair Lapid, criticou a possível conquista de Gaza, alertando para a morte iminente dos reféns e os altos custos da anexação.

Uma nova reunião sobre o conflito está marcada para 7 de novembro. Desde o início da guerra contra o Hamas, em 7 de outubro de 2023, mais de 60 mil palestinos foram mortos, e 49 reféns israelenses permanecem em Gaza.

A situação em Gaza é crítica, com a ONU alertando sobre o sofrimento de mais de dois milhões de palestinos. Vídeos de reféns debilitados foram divulgados, e a diretora da Médicos Sem Fronteiras, Caroline Willemen, denunciou a crise de fome e a situação devastadora da região.

Bloqueio em Gaza: Israel impôs bloqueio total em 2 de março, com uma leve suspensão em maio, permitindo entrada limitada de suprimentos, insuficientes conforme organizações locais.