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Netanyahu vai propor 'conquista total' de Gaza, diz mídia israelense

Netanyahu pode propor a ocupação total da Faixa de Gaza em meio a crescentes preocupações com os reféns e a crise humanitária. A reunião com o gabinete de segurança gera reações de líderes militares e pressões internacionais por um cessar-fogo.

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, deve propor a ocupação total da Faixa de Gaza em reunião com seu gabinete de segurança, conforme informes da mídia israelense.

Um alto funcionário declarou: "A sorte está lançada. Vamos conquistar totalmente a Faixa de Gaza – e derrotar o Hamas."

Essa proposta enfrenta resistência de líderes militares, incluindo o chefe do Exército. A pressão sobre ele para renunciar foi mencionada.

Famílias de reféns temem que essa estratégia coloque seus entes queridos em risco. Dos 50 reféns, cerca de 20 estão vivos. Um estudo revela que três em cada quatro israelenses preferem um acordo de cessar-fogo.

Alianças internacionais, incluindo ex-altas autoridades de segurança israelense, pedem o fim da guerra. O ex-chefe de inteligência, Ami Ayalon, afirma que uma nova ofensiva seria inútil.

Os recentes acontecimentos seguem o fracasso de negociações por um cessar-fogo. Grupos armados palestinos divulgaram vídeos de reféns visivelmente debilitados, gerando indignação em Israel.

O Exército israelense alega ter controle operacional de 75% da Faixa de Gaza, mas o plano prevê ocupação total, o que pode afetar dois milhões de palestinos.

Cerca de 90% da população de Gaza está deslocada, enfrentando condições precárias. Os grupos humanitários denunciam a fome e a restrição de ajuda essencial por parte de Israel.

A Autoridade Palestina criticou a proposta, pedindo intervenção internacional. A ideia de nova ocupação surge em meio a esforços para reviver a solução de dois Estados.

Analistas expressam ceticismo em relação à proposta, ressaltando os desafios dessa abordagem. Desde o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, Israel perdeu cerca de 1,2 mil pessoas, enquanto pelo menos 61.020 palestinos foram mortos.

Netanyahu convocará uma reunião do gabinete de segurança nesta semana para discutir os próximos passos em Gaza.

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