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Nike registra queda de 9% nas vendas e muda liderança

Nike registra queda na receita do 3º trimestre, mas supera expectativas do mercado. A empresa passa por reestruturações e busca diversificar seu portfólio sob nova liderança.

Nike registrou receita de US$ 11,27 bilhões no 3º trimestre, encerrado em 28 de fevereiro. Essa cifra representa uma queda de 9% em relação ao mesmo período do ano anterior, mas superou a expectativa do mercado, que previa US$ 11,03 bilhões.

O lucro por ação foi de US$ 0,54, quase o dobro da estimativa de US$ 0,29. A empresa está passando por ajustes para reduzir estoques e fortalecer a relação com parceiros do varejo.

O CEO Elliott Hill, que assumiu o cargo em outubro, afirmou que a Nike busca diversificar seu portfólio. Ele destacou a necessidade de tempo para substituir algumas linhas clássicas com novas opções.

A Nike não comentou sobre tarifas em seu comunicado financeiro. Segundo o Telsey Advisory Group, as preocupações podem ser exageradas, pois 15% dos produtos são fabricados na China, principalmente para aquele mercado.

O anúncio financeiro foi feito um dia após a saída de Daniel Heaf e KeJuan Wilkins, executivos responsáveis por estratégia e comunicação, somando-se a outras mudanças na alta gestão.

A Grande China teve o pior desempenho, com uma queda de 18% nas vendas. Na América do Norte, principal mercado, a retração foi de 4%. A marca Converse faturou US$ 405 milhões, uma queda de 18%.

O analista Randal Konik, da Jeffries, acredita que a Nike está retomando sua identidade e prevê recuperação em dois anos. Ele elevou a recomendação da ação para compra, com preços-alvo de US$ 140 no cenário otimista e US$ 115 na base.

As ações da Nike caíram 30% em 2024, o 2º pior desempenho entre os 30 papéis do índice Dow Jones. Em 2023, o recuo foi de 7,2%, a terceira pior performance.

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