Nike vai reduzir produção de tênis na China
Nike busca diversificar sua produção globalmente para reduzir dependência da China e enfrentar pressões tarifárias. A empresa implementa uma nova estratégia chamada "Win Now" para revitalizar sua marca e operações.
A Nike está reformulando sua cadeia de suprimentos global para reduzir a dependência da fabricação chinesa de calçados destinados ao mercado norte-americano.
A decisão ocorre em um contexto de crescentes pressões tarifárias e queda nas vendas. O diretor financeiro, Matthew Friend, revelou que a China representa 16% das importações de calçados da Nike para os EUA, com a meta de reduzir para uma “faixa percentual de um dígito” até maio de 2026.
A Nike prevê que tarifas adicionem cerca de US$ 1 bilhão às despesas devido a políticas do governo Trump, tornando urgente a diversificação da estratégia de terceirização.
Friend afirmou que a China continuará essencial na rede de fabricação, com foco na modernização de lojas e no fortalecimento da identidade da marca no mercado chinês.
Além disso, a Nike planeja aumentos de preços direcionados nos EUA a partir do outono de 2025 para mitigar as pressões de custo.
No último ano fiscal, a empresa reportou uma queda de 9% na receita, totalizando US$ 46,3 bilhões. O lucro líquido caiu 44% para US$ 3,2 bilhões, com uma diminuição na margem bruta de 1,9 ponto percentual.
Todas as principais regiões apresentaram queda nas vendas, com a China liderando, com uma redução de 12% na receita, seguida por 8% na América do Norte e 10% na Europa, Oriente Médio e África.
O novo CEO, Elliot Hill, afirmou que o desempenho da empresa não atendeu às expectativas e lançou uma estratégia chamada “Win Now”, focada em revigorar a marca e operações.
A estratégia abrange os USA, Reino Unido e China, com foco em cinco cidades-chave: Nova York, Los Angeles, Londres, Xangai e Pequim.
A Nike também introduziu um novo modelo que se concentra em atletas, buscando reafirmar sua relevância cultural e poder de precificação.
Após perda de participação no mercado de corrida, a empresa investiu mais em tênis de corrida e reduziu a produção de modelos clássicos, como o Air Force 1, que tiveram uma queda de mais de 20% em um ano fiscal.
Friend espera que esses desafios continuem, mas acredita que estão no caminho certo para um mercado saudável até o final do primeiro semestre de 2026.
Esta reportagem foi traduzida e republicada pelo Poder360 sob acordo mútuo de compartilhamento de conteúdo.