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Ninguém, nem mesmo Trump, consegue controlar o movimento MAGA no caso Epstein

Os desdobramentos do caso Epstein destacam a complexa relação entre Donald Trump e o movimento MAGA, evidenciando as pressões e influências que moldam sua agenda. À medida que o populismo avança, a dinâmica entre os desejos da base e as ações do presidente se torna essencial para compreendê-lo.

O caso Jeffrey Epstein é um teste importante para o MAGA (Make America Great Again) durante o segundo mandato de Donald Trump. A relação entre Trump e seus apoiadores é complexa, com desafios ao entendimento do populismo como um culto à personalidade.

Trump serve como um avatar do movimento populista, mas não o criou. Existe uma negociação contínua entre suas preferências e as demandas dos eleitores. Em questões como imigração, Trump encontra um equilíbrio entre seu desejo pessoal e as expectativas do MAGA.

Durante a pandemia de Covid-19, Trump respondeu gradualmente ao impulso populista, adotando medidas que refletiam o ceticismo da base em relação a vacinas. A percepção de sucesso é crucial, influenciando sua capacidade de liderar.

Na política do Oriente Médio, a postura de Trump foi moldada por reações populares, mostrando que a intervenção militar poderia ser aceita dependendo de sua eficácia.

No contexto de Epstein, a promessa de revelar arquivos foi impulsionada pela base, enquanto as tentativas de encobrir o assunto demonstraram resistência do MAGA. Sucessos em oferecer vitórias à base têm sido essenciais.

O futuro do MAGA após Trump é incerto. Ele pode moderar as demandas de seus seguidores ou, alternativamente, reabsorver parte do movimento em um republicanismo tradicional. Novos líderes populistas também podem surgir, configurando um novo MAGA. A dinâmica da direita será fundamental à medida que se aproxima o segundo mandato.

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