“Ninguém quer baixar juros para ter inflação lá em cima”, diz Galípolo
Galípolo reafirma compromisso do Banco Central com a meta de inflação de 3% e critica discussões sobre flexibilização. Ele destaca as distorções na política monetária e a necessidade de medidas para resolver os problemas econômicos do Brasil.
Presidente do BC, Gabriel Galípolo, defende taxa de inflação de 3%
No dia 9 de julho de 2025, Galípolo afirmou que ninguém deseja reduzir os juros para permitir uma inflação elevada. Ele enfatizou que o Banco Central (BC) deve seguir a meta de 3% do IPCA e não o teto de 4,5%.
Durante audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação, declarou que a meta não é uma sugestão, mas uma obrigação legal. Mudanças na meta poderiam indicar que a moeda brasileira “perde valor ano a ano”.
A taxa de juros alta no Brasil, segundo ele, reflete obstruções nos canais de transmissão da política monetária, causadas por subsídios que distorcem o mercado. Galípolo comentou que muitas empresas captam recursos a taxas inferiores à taxa livre de risco, enquanto famílias enfrentam crédito rotativo com taxas de 200% ao ano.
O presidente do BC ressaltou que a resolução desses problemas não passará pela simples redução dos juros, mas que serão necessárias várias medidas.
TAXA SELIC em 15%
O Banco Central aumentou a Selic para 15% ao ano devido à inflação fora da meta há 8 meses, atualmente em 5,32%. Com novas regras, o descumprimento da meta após 6 meses é considerado um problema.
Galípolo será o primeiro presidente a assinar duas cartas em menos de 6 meses por descumprimentos da meta. A comunicação do BC também se tornou um foco, com esforços para esclarecer suas ações para a população.