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Ninguém se indigna de verdade com vazamentos de áudios da família Bolsonaro

Os recentes vazamentos de áudios da família Bolsonaro geram reações que ecoam escândalos passados, como os envolvendo o petismo durante a Lava Jato. A comparação revela um ciclo de indignação que revela mais sobre interesses políticos do que sobre moralidade.

Vazamentos de áudios da família Bolsonaro geram reações intensas, refletindo a teoria de Friedrich Nietzsche sobre a indignação moral na política. A atual situação é comparável a incidentes de dez anos atrás, quando áudios envolvendo Lula e Dilma Rousseff foram divulgados, prejudicando o petismo.

Naquela época, o juiz Sergio Moro e a operação Lava Jato atacaram figuras-chave do governo. Áudios como o do “Bessias” e o “tchau querida” revelaram articulações políticas e resultaram em gravações consideradas ilegais, que culminaram na decisão do ministro do STF, Gilmar Mendes, de impedir a posse de Lula.

A resposta do petismo lembrava a atual do bolsonarismo: condenar os “vazamentos seletivos”, questionar a “legalidade” das divulgações e criticar a atuação do Supremo. O ex-deputado Wadih Damous chegou a defender o fechamento do STF.

O jornalismo desempenha seu papel ao expor a política, enquanto os grupos militantes reagem conforme suas ideologias. Se Nietzsche estivesse presente, perceberia que todos estão suscetíveis a vazamentos de suas comunicações, pois ele nunca acreditou em “santos”.

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