Nissan se prepara para captar US$ 5 bilhões em dívida de olho em reestruturação
Nissan busca financiamento de US$ 5 bilhões para reestruturação, incluindo emissão de títulos conversíveis e não garantidos. A montadora enfrenta desafios financeiros e uma linha de produtos envelhecida sob a liderança do novo CEO, Ivan Espinosa.
Nissan planeja vender US$ 5 bilhões em dívidas para financiar reviravolta do CEO Ivan Espinosa.
A montadora japonesa irá vender ¥ 150 bilhões (US$ 1 bilhão) em Convertible bonds para novos produtos e tecnologias.
A empresa também emitirá US$ 4 bilhões em títulos não garantidos para fins corporativos gerais, segundo a Fitch Ratings, que classificou a dívida como BB.
A captação é parte de um esforço para levantar mais de ¥1 trilhão, incluindo vendas de ativos e planos de lease-back para a sede em Yokohama.
Espinosa está renovando a montadora, que enfrenta desafios como uma linha de produtos envelhecida e um grande vencimento de empréstimos.
Nobuhiko Kuramochi, da Parasol Co., destaca que será dificíl convencer o mercado a levantar capital sem reformas visíveis.
Ações da Nissan caíram 4,9% após anúncio da venda de títulos, acumulando queda de 30% este ano.
A montadora planeja um empréstimo sindicalizado de £ 1 bilhão (US$ 1,4 bilhão), mas status atual é incerto após o prazo ter terminado.
Com a classificação BB, investidores estão cautelosos sobre cortes de empregos e fechamento de fábricas para restaurar a lucratividade, após prejuízo de ¥671 bilhões.
Os títulos estão se comercializando a partir de meio 7%, comparado a cerca de 5,7% das notas com classificação similar nos EUA.
A Nissan tem capital de ¥2,2 trilhões em caixa e crédito para durar 12 a 18 meses, segundo Espinosa.
O CEO anunciou corte de 20.000 empregos e fechamento de sete fábricas até março de 2028.
As dificuldades vêm após falhas nas negociações com a Honda sobre uma possível união.
Esse financiamento reflete a pressão em montadoras tradicionais na transição para veículos elétricos e tecnologias digitais.
Investidores observarão se a Nissan conseguirá implementar reformas sem apoio adicional após falhas nas negociações com a Honda.
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