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No Dia Mundial do Refugiado, regredimos na missão de salvar vidas

Dados alarmantes revelam que o número de refugiados no mundo dobrou em uma década, atingindo mais de 122 milhões. A crise humanitária se agrava com cortes significativos no financiamento para assistência, deixando muitos sem apoio essencial.

Dia Mundial do Refugiado é celebrado nesta sexta-feira (20.jun.2025), ressaltando a resiliência de refugiados em todo o mundo.

Segundo o Acnur, mais de 122 milhões de pessoas estão deslocadas, o que representa o dobro em relação a uma década atrás. Este número equivale a uma em cada 67 pessoas no planeta.

Esses deslocamentos ocorrem devido a conflitos prolongados e crises humanitárias em países como Mianmar, Gaza, Líbano, Ucrânia e Venezuela.

Enquanto o número de deslocados cresce, o financiamento humanitário permanece estagnado. Em 2015, o Acnur recebeu US$ 3,4 bilhões para 64 milhões de pessoas; hoje, com quase o dobro de refugiados, o orçamento é o mesmo.

No Brasil, cerca de 60% das pessoas que necessitam de proteção internacional não receberão assistência este ano.

O governo brasileiro tem se destacado no acolhimento e integração dos refugiados, enquanto globalmente, governos têm se afastado de suas responsabilidades. A situação é complexa, com novos conflitos e colapso nos serviços básicos.

Apesar dos desafios, o ano passado registrou quase 10 milhões de retornos de deslocados. Contudo, muitos desses retornos ocorreram em situações de insegurança.

Aumento na assistência emergencial e investimentos em soluções como reassentamento e integração local são essenciais. O Programa Brasileiro de Reassentamento é um exemplo positivo.

Por fim, é fundamental lembrar que cada estatística esconde uma história única. Resgatar a dignidade dos refugiados é um dever da humanidade.

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