No Japão, Lula defende livre comércio e democracia, e menciona etanol e Embraer
Lula reafirma compromisso com livre comércio e critica o protecionismo durante encontro no Japão. O presidente brasileiro também destacou a importância da democracia e do multilateralismo em um cenário global desafiador.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o livre comércio nesta quarta-feira, 26, em Tóquio, durante encontro com empresários e o premiê do Japão, Shigeru Ishiba.
Lula criticou negacionistas e a extrema direita, pedindo apoio ao Japão contra o protecionismo e em defesa da democracia e do multilateralismo.
Ele destacou três preocupações para líderes democráticos:
- A risco à democracia devido à eleição da extrema direita.
- A importância do livre comércio e a rejeição ao protecionismo.
- A necessidade de multilateralismo para o crescimento econômico e distribuição de riqueza.
Lula sugeriu que o Japão inicie as negociações para um acordo comercial com o Mercosul, enfatizando benefícios da integração.
Ele elogiou a recente isenção de vistos entre Brasil e Japão, que deverá aumentar o turismo e os investimentos de montadoras japonesas no Brasil, especialmente na produção de veículos elétricos.
O presidente também abordou a transição energética, destacando a meta de aumentar a mistura de etanol na gasolina e diesel até 2030.
Lula enfatizou a necessidade de apoiar comunidades que vivem em florestas e a importância de parcerias entre empresas japonesas e brasileiras.
A balança comercial entre Brasil e Japão se manteve equilibrada, mas Lula apontou um declínio na corrente comercial nos últimos anos e propôs uma nova estratégia de relacionamento econômico.
Ele convidou os japoneses a investirem no Brasil, reafirmando que o país oferece estabilidade e oportunidades de crescimento.
Por fim, Lula destacou as reformas em andamento, como a reforma tributária, que visa simplificar processos e corrigir injustiças fiscais.
A visita de Ishiba ao Brasil está prevista para a COP30 em Belém em novembro.