Noboa decreta novo estado de exceção no Equador na véspera de eleição polarizada
Governos impõem medidas rigorosas para conter a violência antes das eleições. O estado de exceção abrange várias províncias e gera preocupações sobre os direitos civis e a legitimidade do processo eleitoral.
Estado de exceção no Equador
A um dia das eleições mais polarizadas do Equador, o governo do presidente Daniel Noboa decretou estado de exceção em sete províncias, incluindo a capital, Quito. A medida, válida por dois meses, visa combater o aumento da violência, associada ao avanço do narcotráfico.
O país enfrenta uma guerra institucional contra grupos narcotraficantes, com estados de exceção em vigor consecutivamente por um ano. Críticos, especialmente do movimento da candidata Luisa González, alegam que o decreto pode limitar a organização pós-eleitoral e silenciar críticas.
As principais restrições do decreto incluem:
- Suspensão da inviolabilidade domiciliar: Policiais poderão entrar em residências sem autorização judicial.
- Suspensão do direito à liberdade de reunião: Visa impedir a organização de grupos armados.
- Suspensão da inviolabilidade de correspondência: Agentes podem ler mensagens e e-mails de civis.
Além disso, há restrições de liberdade de trânsito em algumas províncias das 22h às 5h. Eleitores irão às urnas neste domingo para escolher entre Noboa e González, com o voto sendo obrigatório e feito em papel. Cerca de 95 mil delegados foram credenciados para monitorar a votação e evitar fraudes.
A memória da violência na campanha de 2023, quando um candidato foi assassinado, ainda é forte entre a população.