Noboa é reeleito no Equador com promessa de endurecer combate ao crime
Daniel Noboa conquista reeleição com uma ampla margem, prometendo continuidade no combate à violência e ao narcotráfico. Enquanto isso, Luisa González questiona o resultado e pede recontagem, ressaltando a tensão política no país.
Daniel Noboa é reeleito presidente do Equador com 55,8% dos votos válidos, conforme divulgado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) no dia 13 de outubro de 2023.
Com mais de 92% das urnas apuradas, a presidente do CNE, Diana Atamaint, classificou o resultado como “tendência irreversível”.
A adversária Luisa González não aceitou a derrota, que obteve 44% dos votos, e pediu recontagem, alegando fraude sem apresentar provas.
A vitória amplia o mandato de Noboa por mais quatro anos. Ele assumiu o cargo em novembro de 2023 após uma eleição antecipada.
Com 37 anos, Noboa se destacou com políticas contra a violência e o narcotráfico, com promessas de continuidade da “guerra” contra o crime.
Após a confirmação do resultado, Noboa declarou: “Ecuador já falou, agora temos que trabalhar”. Ele ressaltou a diferença de mais de 1 milhão de votos.
A campanha incluiu propostas para:
- Usar Forças Armadas nas ruas.
- Construir presídios de segurança máxima.
- Retornar bases militares estrangeiras ao país.
Desde janeiro de 2024, o governo declarou “conflito armado interno” e intensificou operações contra gangues. O índice de homicídios caiu para 38,76 por 100 mil habitantes.
A oposição, liderada por González, questiona o resultado, alegando que pesquisas indicavam sua vantagem. Ela denunciou cédulas pré-marcadas e pediu recontagem.
O processo eleitoral teve relatos de irregularidades, com prisões por suspeitas de voto duplo e cédulas falsificadas, além de 17 pessoas flagradas fotografando votos.
Mais de 13 milhões de equatorianos estavam aptos a votar, com participação superior a 80%, alta para o país. O voto é obrigatório entre 18 e 65 anos.
Analistas apontam que Noboa enfrenta o desafio de manter apoio popular diante de altos índices de violência e instabilidade política.
A derrota de González representa a terceira tentativa frustrada do movimento de Correa de voltar ao poder, intensificando a polarização nos próximos anos.