Noboa lidera contagem no Equador com mais da metade dos votos apurados
Daniel Noboa lidera a contagem de votos em busca da reeleição, enquanto Luisa González tenta superar a diferença nas urnas. A situação política no Equador permanece tensa, com a violência e a crise energética como principais desafios para o futuro governo.
Equador: Daniel Noboa em vantagem para reeleição
Com 55,45% das atas eleitorais contabilizadas, o presidente Daniel Noboa lidera com 56,81% dos votos, enquanto a opositora Luisa González soma 43,19%.
Mais de 83,7% dos eleitores compareceram às urnas, semelhante a pleitos anteriores e levemente superior ao primeiro turno.
A presidente da autoridade eleitoral, Diana Atamaint, destacou que "vivemos uma verdadeira festa democrática" e agradeceu às Forças Armadas e à polícia pela segurança durante a votação.
A diferença de votos é significativa, já que no primeiro turno em fevereiro a vantagem de Noboa foi de apenas 0,17 ponto percentual.
A contagem ocorre em clima de tensão política. Noboa anunciou um novo estado de exceção antes da votação, restringindo reuniões e derrubando o direito de inviolabilidade domiciliar por dois meses, medidas criticadas pela oposição.
O desafio de governar o Equador pós-pandemia é complexo, com o aumento da violência ligada ao narcotráfico e suas consequências na economia e qualidade de vida da população.
Mesmo com uma redução de 16% nos homicídios dolosos no ano passado, a taxa é de 38 por 100 mil habitantes, a mais alta da América Latina.
A cidade de Guayaquil é o foco das campanhas, sendo epicentro da criminalidade e militarização da segurança pública.
Os desafios incluem a crise energética e a necessidade de soluções para o colapso do sistema hidroelétrico.
Essas são as primeiras eleições convencionais desde 2023, marcadas por alta violência e o assassinato de um candidato. Noboa e González se enfrentaram novamente após um pleito "express" que resultou na dissolução do governo de Guillermo Lasso.