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Nomeado por Trump para chefiar órgão que cuida dos dados de emprego enfrenta enxurrada de críticas

E.J. Antoni, economista da Heritage Foundation, é indicado por Trump para liderar o Bureau of Labor Statistics, suscitando preocupações sobre a politização dos dados econômicos. Mesmo com críticas de economistas de diversas correntes, a Casa Branca defende sua qualificação e o compromisso com a continuidade dos relatórios mensais de emprego.

Nomeação Controversial de E.J. Antoni

O presidente Donald Trump nomeou E.J. Antoni, economista-chefe da Heritage Foundation, como próximo comissário do Bureau of Labor Statistics (BLS). Essa escolha gerou críticas de economistas de várias vertentes políticas.

A nomeação de Antoni pode trazer mais politização ao BLS, que é historicamente uma agência apartidária. A preocupação é que ele altere a apresentação dos dados econômicos, embora muitos acreditem que não será fácil para ele distorcer os números.

Trump demitiu a ex-presidente do BLS, Erika McEntarfer, após a divulgação de um relatório de empregos que mostrava contratações em baixa, o que ele alegou ser manipulação política.

Antoni já criticou abertamente os dados de emprego do governo e questionou sua divulgação. A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que o governo espera continuar publicando os relatórios.

Antoni, considerado um ideólogo conservador, tem um histórico de fazer afirmações controversas, como alegar que a economia estava em recessão e propor mudanças nos pagamentos da Previdência Social.

A maioria dos economistas concorda que há margem para melhorias nos dados de emprego, mas não acreditam que Antoni consiga alterar os números fundamentais da agência. Entretanto, ele pode tentar apresentar os dados de maneira mais positiva.

A confirmação de Antoni enfrentará forte oposição, com senadores como Patty Murray já o criticando como “extremista de direita não qualificado”. A votação de confirmação será desafiadora, mas não se espera que sua nomeação seja totalmente barrada.

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