HOME FEEDBACK

Nomes da direita miram 2026 como porta de entrada para era pós-Lula e pós-Bolsonaro

Direita enfrenta dificuldades para unificar candidatura em 2026 devido à insistência de Bolsonaro em se manter no cenário eleitoral. Especialistas destacam que a fragmentação é impulsionada pela busca por novos nomes e a perspectiva de uma renovação política a longo prazo.

Com Jair Bolsonaro inelegível e réu por tentativa de golpe, a direita busca novo candidato para enfrentar Luiz Inácio Lula da Silva em 2026. A insistência de Bolsonaro em concorrer bloqueia articulações.

O cenário atual é de congestão, com mais de meia dúzia de postulantes. Cientistas políticos avaliam que a fragmentação é provável, devido ao interesse dos partidos em ampliar suas bancadas no Congresso.

A consultoria Dharma sugere que a divisão da direita na primeira fase da disputa é o cenário mais provável. Essa fragmentação busca maximizar recursos nas eleições legislativas.

O CEO da Dharma, Creomar de Souza, aponta que os partidos do Centrão evitam compromissos para garantir posições estratégicas em 2026. A disputa não só mira o ano que vem como também as eleições de 2030, atraindo novas figuras.

Entre possíveis candidatos em 2026 estão:

  • Ratinho Júnior (PSD), governador do Paraná;
  • Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo;
  • Ronaldo Caiado (União Brasil), governador de Goiás;
  • Eduardo Leite (PSD), governador do Rio Grande do Sul;
  • Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais;
  • Michelle Bolsonaro (PL), ex-primeira-dama;
  • Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deputado federal licenciado.

Paulo Niccoli Ramirez aponta que a ausência de Lula e Bolsonaro deixará um vácuo. Para ele, os partidos precisam preparar novas lideranças e que a eleição de 2026 pode marcar uma mudança.

A antropóloga Isabela Kalil acredita que as eleições de 2026 representarão o fim de um ciclo político e que as mudanças profundas favorecerão novas lideranças. Ela menciona que Bolsonaro pode transferir seu capital político mais facilmente que Lula.

Disputar o Palácio do Planalto em 2026 apresenta mais ganhos do que prejuízos para muitos, dada a atual avaliação negativa do governo.

Se o governador de São Paulo, Tarcísio, concorrer, a união da direita no primeiro turno é possível. A chapa pode incluir Michelle Bolsonaro como vice.

Bolsonaro indicou a Tarcísio que está disposto a apoiá-lo como candidato em 2026.

Leia mais em estadao