Normalizar canais de transmissão da política monetária demanda tempo e sucessão de reformas, diz Galípolo
Gabriel Galípolo questiona os desafios da política monetária brasileira em meio a uma atividade econômica dinâmica e ressalta a importância da política fiscal progressiva. Ele também destaca a necessidade de normalizar os canais de transmissão da política monetária, apontando que o debate no Banco Central tem sido harmonioso e integrador.
Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, questionou a estrutura da economia brasileira e a transmissão da política monetária. Apesar da alta taxa de juros, a atividade econômica permanece dinâmica.
Durante evento na Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Galípolo destacou:
- Flexibilização monetária em 2023 foi seguida por surpresas econômicas.
- Encerramento de cortes na Selic e aperto monetário no final do ano passado.
Ele enfatizou o caráter progressivo da política fiscal, que visa apoiar a população com maior propensão a consumir. Isso resultou em crescimento econômico acima das expectativas.
Galípolo observou:
- O contraste entre a atividade econômica e a inflação.
- A mudança de um ciclo de corte de juros para um ciclo de alta de juros até o fim de 2024.
Ele também sublinhou a harmonia entre a comunicação do BC e seus membros, afirmando que qualquer mal-entendido seria um sinal de má comunicação.
Galípolo esclareceu que a questão dos canais de transmissão da política monetária é estrutural, não conjuntural, ressaltando a potência da política monetária como um desafio a ser enfrentado.