Nos EUA, gripe aviária atingiu 170 milhões de aves e fez preço do ovo disparar
O surto de gripe aviária no Brasil acende o alerta para a indústria avícola, enquanto os EUA registram uma queda significativa nos casos após anos de crise. A suspensão das importações por três países destaca os riscos comerciais e a necessidade de medidas rápidas para conter a disseminação do vírus.
Gripe aviária no Brasil: Primeira detecção em granja comercial em Montenegro (RS) leva China, UE e Argentina a suspender importações de frango por 60 dias.
No Estados Unidos, a gripe aviária afetou quase 170 milhões de aves e 783 granjas desde 2022, resultando em preços recordes de ovos. A contaminação está diminuindo: de 12,6 milhões em fevereiro caiu para 1 milhão em abril.
A alta de preços dos ovos já chegou a 79% em comparação com abril de 2024. Contudo, em abril de 2023, o preço médio caiu 12,7%, a maior queda desde março de 1984.
O governo dos EUA lançou um plano de US$ 1 bilhão para conter a doença e a inflação dos ovos, enquanto a ABPA relata aumento de 271% nas exportações brasileiras de ovos em abril. Essa demanda é impulsionada pelas importações dos EUA.
A gripe H5N1, variante do vírus da gripe comum, possui alta letalidade em aves e pode ser transmitida rapidamente. Apesar disso, é seguro consumir carne e ovos de aves. A transmissão para humanos é rara, ocorrendo principalmente por contato direto com aves contaminadas.
A situação se torna crítica no Brasil, onde o setor emprega 500 mil pessoas e é responsável por US$ 10 bilhões em exportações anuais. A emergência zoossanitária foi decretada pelo Mapa para controlar o surto.
Possíveis reflexos: O aumento nos preços dos ovos nos EUA pode impactar o mercado global e gerar preocupações para o consumidor.