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Notícia sobre gripe aviária deve ofuscar “efeito MBRF” e afetar principalmente BRFS3

Brasil confirma primeiro foco de gripe aviária em granja comercial, levantando preocupações sobre as exportações de carne de frango. A fusão entre Marfrig e BRF pode se tornar um pano de fundo desfavorável diante da notícia negativa.

Sexta-feira movimentada para empresas do setor de proteínas, com notícias sobre união de negócios entre Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3) e a confirmação do 1º foco de gripe aviária em granja comercial no Brasil.

O Brasil, maior exportador de carne de frango do mundo, confirmou a detecção do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul.

As exportações brasileiras de carne de frango totalizaram US$ 10 bilhões em 2024, representando 35% do comércio global, com BRF e JBS como principais exportadores.

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirmou que todas as medidas de contingência foram adotadas e a situação está sob controle.

O Ministério da Agricultura comunicou que está tomando medidas para conter o foco e já notificou a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

A BRF, proprietária da Sadia e Perdigão, é a mais exposta a esses eventos, e seu impacto nas ações BRFS3 deve ser maior, devido também à operação de troca de ações entre Marfrig e BRF.

A Marfrig afirmou que vai incorporar todas as ações da BRF não detidas, criando a MBRF, com receita consolidada de R$ 152 bilhões.

A relação de troca será de 0,8521 ação da Marfrig por cada ação da BRF. As distribuições de proventos envolvem R$ 2,5 bilhões pela Marfrig e R$ 3,5 bilhões pela BRF.

A XP projetou uma forte reação positiva para as ações da MRFG, com queda nas ações da BRFS. A aprovação da fusão é considerada certa.

O Bradesco BBI estima alta de 8% para MRFG3 e queda de 9% para BRFS3, considerando os novos termos propostos.

O Goldman Sachs destacou a necessidade de focar na criação sustentável de valor, apostando em uma entidade menos alavancada e diversificada.

A ação da BRF deve ser afetada negativamente pela gripe aviária e pelos termos da fusão não favoráveis para seus acionistas.

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