Nova reforma da Previdência seria desejável em 2027, mas será necessária em 2031, diz Giambiagi
Especialista aponta que reforma da previdência é urgente para 2031. Ele destaca aumento de gastos com auxílios e necessidade de ajustes na idade mínima de aposentadoria.
Fábio Giambiagi, especialista em previdência da FGV Ibre, afirma que uma nova reforma previdenciária é desejável em 2027 e necessária em 2031.
No evento “Desafios da reforma tributária”, Giambiagi destacou a importância de uma reforma, citando fatores como:
- Aumento do Benefício de Prestação Continuada (BPC-Loas);
- Aumento dos gastos com auxílios-doença;
- Nova regra do salário mínimo com reajuste real.
Ele apontou a “explosão de gastos” com auxílios-doença no atual governo, comparando-a ao relaxamento das regras de um seguro.
O número de auxílios-doença aumentou de 500 mil para 1,5 milhão durante os últimos governos. Giambiagi mencionou a possibilidade de reduzir esses gastos com ajustes mais rigorosos.
Além disso, a próxima reforma tributária discutirá temas polêmicos como:
- Idade mínima de aposentadoria;
- Diferença de idade mínima por sexo;
- Aposentadoria rural aos 55 anos;
Atualmente, a idade mínima é 65 anos para homens e 62 anos para mulheres, enquanto a expectativa de vida aumentou em quatro anos sem alteração na idade de aposentadoria.
Giambiagi ressalta que a aposentadoria rural aos 55 anos pode ser inviável devido à atual transição demográfica, especialmente em regiões rurais do Norte e Nordeste do Brasil.