Novas ameaças de Trump reacendem temores de investidores sobre comércio e prazos
Trump ameaça aumentar tarifas em 30% sobre importações do México e da União Europeia, elevando tensões comerciais. Especialistas acreditam que a medida é uma tática de negociação, mas alertam para possíveis reações adversas nos mercados.
Investidores globais recebem alerta sobre tarifas comerciais
O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou novas tarifas de 30% sobre importações do México e da União Europeia a partir de 1º de agosto. O anúncio foi feito após negociações frustradas com aliados comerciais.
Trump já havia imposto tarifas a vários países, incluindo Japão, Coreia do Sul, Canadá e Brasil, além de uma tarifa de 50% sobre o cobre. A UE, maior parceiro comercial dos EUA, esperava um acordo abrangente.
Três autoridades da UE chamaram a ameaça de Trump de tática de negociação. Segundo Michael Brown, da Pepperstone, a estratégia é de "escalar para desescalar" e forçar negociações. A UE já enfrentava ameaças de tarifas de 50% sobre aço, 25% sobre carros e 10% em outros produtos.
Brown alertou que a UE pode retaliar, aumentando as tensões comerciais. O impacto inicial poderia ser negativo para o euro e ativos da zona do euro, mas poderia se estabilizar posteriormente.
Apesar das incertezas, o S&P 500 caiu apenas 0,3% na semana e se manteve próximo de níveis recordes. As ações na Europa sofreram leves quedas.
O México pode sofrer mais, já que é o maior mercado de exportação dos EUA e enfrenta incertezas comerciais significativas. Após quedas em abril, as ações dos EUA recuperaram, mas novas tarifas foram anunciadas para agosto.
Karl Schamotta, da Corpay, advertiu que a agenda protecionista pode reacender preocupações no mercado.
Segundo Scott Chronert, do Citi, os mercados precisarão de desenvolvimentos comerciais positivos antes de 1º de agosto para manter os ganhos recentes. A tarifa média nos EUA é atualmente de 16%, com perspectivas de aumento para 18%.