Novo consignado anima bancos, mas há incertezas
Novo modelo de crédito consignado privado promete aumentar a oferta e simplificar o acesso para trabalhadores. Apesar da expectativa otimista do setor bancário, desafios operacionais e questões legais ainda precisam ser esclarecidos.
Governo lança novo consignado para o setor privado, com expectativa de triplicar o estoque atual de R$ 40 bilhões.
Uma central única será criada por meio do e-Social, simplificando o processo, ao dispensar convênios bilaterais. Apesar do entusiasmo dos bancos, o início pode ser turbulento devido a incertezas operacionais.
A linha não terá teto de juros, e os bancos poderão ofertar o produto em canais próprios. A implementação será feita em fases:
- 28 de março: oferta via CTPS para bancos já integrados.
- 25 de abril: tombamento das carteiras legadas.
- 6 de junho: habilitação de refinanciamento e portabilidade.
- Julho: garantia e verbas rescisórias via e-Social.
A modalidade, criada em 2003, nunca decolou devido à dependência de acordos bilaterais. O estoque atual é estável e a inadimplência está em 8%, superior à do crédito pessoal.
Os bancos estão animados. Mario Leão, do Santander, mencionou que o novo consignado pode ser um mercado de R$ 200 a R$ 300 bilhões.
Aspectos em discussão incluem:
- A possibilidade de manter o consignado ao mudar de emprego.
- Desafios para PMEs na implementação do desconto em folha.
- Uso do FGTS como garantia adicional.
A implementação terá um tempo de aprendizado e ajustes necessários, mas tem grande potencial para multiplicar a carteira de consignados nos próximos anos.