Novo consignado deve impulsionar bancos em meio à alta de juros, dizem especialistas
Especialistas acreditam que o novo consignado privado poderá beneficiar os bancos ao reduzir os riscos de inadimplência. A modalidade promete taxas mais baixas e aumento no volume de empréstimos em um cenário econômico desafiador.
Novo consignado privado mencionado no lançamento do governo Lula (21/10) visa melhorar a saúde financeira dos bancos em meio à alta da inflação e juros, segundo especialistas.
Esta modalidade, mais barata e segura, deve gerar um volume de contratações superior ao crédito pessoal, mitigando perdas esperadas.
- Perdas médias no crédito pessoal: 20% a 30%.
- Perdas no consignado privado: 6% a 8%.
A Febraban estima que R$ 85 bilhões em crédito pessoal migrem para o novo produto. Análises da Moody's indicam que o novo consignado pode suportar o crédito sob um cenário econômico desafiador.
O Banco do Brasil mira 10% de participação no mercado, atualmente dominado por Itaú e Santander, com 30,2% cada.
Além de BB e Caixa, bancos digitais como Nubank e C6 também podem oferecer o empréstimo, que terá condições competitivas.
A Selic está em 14,25%, com expectativas de alta, mas a inadimplência em pagamentos superiores a 90 dias se mantém baixa, em 3,5%.
No novo modelo, bancos descontarão parcelas diretamente da folha de pagamento, reduzindo o risco. Informações do trabalhador e da empresa contratante serão compartilhadas, mas a falta de histórico em empregos anteriores pode comprometer a análise de crédito.
O juro do consignado privado é de 40,84% ao ano, comparado a 103,43% do crédito pessoal, demonstrando um potencial de competitividade no setor.