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Novo consignado é um marco, mas ainda há dúvidas sobre detalhes operacionais, diz CEO da ABBC

Novas regras do consignado privado prometem baratear o crédito, mas gera incertezas operacionais. CEO da ABBC destaca a importância de esclarecer processos e reforçar segurança contra fraudes.

Novas regras para consignado privado são consideradas um marco histórico para baratear o crédito no Brasil, segundo Leandro Vilain, CEO da Associação Brasileira de Bancos (ABBC), em entrevista à EXAME.

Vilain destaca que juros devem ser menores com a segurança de recebimento dos pagamentos pelos empregadores e elogia a decisão de não estabelecer um teto para taxas de juros, que dependerão de fatores como vínculo empregatício, renda e saúde financeira do empregador.

Contudo, existem dúvidas sobre detalhes operacionais da linha de crédito. Vilain menciona questões como:

  • Experiência do cliente na contratação;
  • Processo de compartilhamento de informações;
  • Pagamento das parcelas;
  • Mecanismos de cobrança em caso de atraso.

"Os detalhes técnicos ainda não estão claros. Todos miram o dia 21 para iniciar a oferta dos empréstimos", afirma.

Outro foco de trabalho para Vilain será coibir fraudes nas instituições financeiras e garantir segurança jurídica e regulatória no setor bancário.

Ele também ressaltou a necessidade de estabilidade macroeconômica e destacou a independência do Banco Central, que tem realizado um bom trabalho no controle da inflação, mesmo com os efeitos colaterais da alta de juros sobre a economia.

Para Vilain, “ninguém está feliz com os juros altos”, mas a paciência é necessária neste ciclo econômico.

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