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Novo consignado não terá juros abusivos e vai reduzir inadimplência, diz Febraban

O novo modelo de crédito promete taxas mais baixas e maior acessibilidade para trabalhadores formais. A expectativa é que a centralização da gestão do consignado reduza a inadimplência, que atualmente é elevada.

Novo consignado privado, lançado em 12 de outubro, promete reduzir a taxa de juros e a inadimplência nos empréstimos pessoais, segundo Isaac Sidney, presidente da Febraban.

Os juros do consignado privado estão em 2,92% ao mês, enquanto para funcionários públicos a média é de 1,82% ao mês.

A taxa deve cair devido à redução de custos operacionais dos bancos e ao menor risco associado ao empréstimo. O trabalhador poderá carregar o empréstimo ao mudar de emprego ou utilizar o FGTS como garantia.

O novo consignado, chamado "Crédito do Trabalhador", pode enfrentar a imposição de um teto no futuro, conforme comentou o ministro do Trabalho, Luiz Marinho. Sidney acredita que isso não será necessário e que altos juros não são benéficos para o mercado.

Atualmente, R$ 40 bilhões estão contratados por trabalhadores do setor privado, em contraste com R$ 365,44 bilhões para servidores públicos. A alta inadimplência no consignado privado, de 8%, é maior que a do crédito pessoal (6%).

Especialistas apontam a alta rotatividade do mercado e o aumento das taxas de juros como causas para a inadimplência. Com a possibilidade de usar o FGTS, a expectativa é que os atrasos diminuam.

O uso do FGTS depende da implementação pela Caixa Econômica Federal, estimada para julho. O novo modelo deve aumentar o apetite dos bancos, que projetam superar R$ 120 bilhões com o produto.

A previsão é que 90% dos trabalhadores formais que atualmente não têm acesso ao consignado privado passem a ter acesso com o novo sistema.

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