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Novo consignado privado tem juro médio de 6%

Nova modalidade de crédito apresenta tíquete médio inferior e juros elevados em comparação ao consignado tradicional. Especialistas apontam incertezas no mercado e ajustes operacionais como fatores para a cautela das instituições financeiras.

Crédito do Trabalhador: nova modalidade de consignado privado, lançada em março, aumenta oferta de crédito, mas apresenta tíquete médio bem abaixo do consignado tradicional.

Dados da SalaryFits, da Serasa Experian, revelam que o valor médio dos empréstimos é de R$ 5.380, comparado aos R$ 18 mil a R$ 20 mil do consignado antigo. A taxa de juros, atualmente 6% ao mês, é mais que o dobro dos 2,9% do modelo anterior.

O prazo médio de pagamento é de 17 meses, enquanto o consignado tradicional varia de 24 a 36 meses.

Conforme o CEO da SalaryFits, Délber Lage, 10% dos empréstimos são de tíquetes menores que R$ 1,5 mil, com taxas que podem ultrapassar 10% ao mês. Isso se deve a várias razões, incluindo a fase de ajuste operacional e a incerteza do cenário econômico.

Lage observa que os bancos projetam 10% a 12% de inadimplência e questionamentos operacionais. Além disso, ainda não existe garantia do FGTS para esses empréstimos.

Atualmente, 40% dos funcionários nas empresas da SalaryFits possuem contratos consignados ativos. A expectativa é que o Crédito do Trabalhador aumente essa média no mercado.

Contudo, as taxas de juros podem não cair ao nível desejado pelo governo, segmentando o mercado entre créditos mais baratos, próximos de 3% ao mês, e opções custando 4,5% ou mais.

Uma preocupação central é a portabilidade dos empréstimos, que começará a valer no dia 6 e pode mudar o panorama das taxas de juros.

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