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Novo governo da Alemanha anuncia que vai rejeitar refugiados na fronteira

Alemanha implementa nova política de imigração com aumento na rejeição de refugiados nas fronteiras. Novo governo reforça fiscalização e mobiliza policiais para controlar a entrada de imigrantes em situação irregular.

Governo da Alemanha rejeita refugiados

O novo governo da Alemanha, empossado na terça (6), anunciou, nesta quarta (7), que começará a rejeitar a entrada de refugiados nas fronteiras do país, sob a liderança do primeiro-ministro conservador Friedrich Merz.

O ministro do Interior, Alexander Dobrindt, informou que o número de solicitações de asilo rejeitadas na fronteira aumentará. Medidas de fiscalização também serão ampliadas para impedir a entrada de imigrantes em situação irregular.

A iniciativa é parte da campanha da CDU (União Democrata-Cristã), que agora governa em coalizão com o SPD (Partido Social-Democrata). A CDU obteve 22% dos votos, enquanto a AfD (Alternativa para a Alemanha) teve 20%.

Dobrindt anunciou a mobilização de quase 20 mil novos policiais, elevando o total de agentes nas fronteiras para 30 mil. Ele enfatizou que "fechar fronteiras" não está nos planos do governo, visando uma Europa com fronteiras abertas.

Exceções serão abertas para grupos vulneráveis, como crianças e mulheres grávidas. O novo chefe de gabinete, Thorsten Frei, afirmou que tentativas de entrada ilegal à Alemanha resultarão em rejeição na fronteira.

Muitos juristas consideram a medida ilegal, dado que a Alemanha é signatária de tratados que garantem o direito ao asilo.

A situação atual é de queda no número de imigrantes, com apenas 36 mil pedidos de asilo no primeiro trimestre de 2025, 30 mil a menos do que no mesmo período do ano anterior.

Merk realiza sua primeira viagem internacional à França, onde discutiu recomeços nas relações e a criação de um "Conselho de Segurança e Defesa Franco-Alemão". Ele também falou sobre a política de dissuasão nuclear na Europa e a importância dos Estados Unidos na defesa européia.

Merz também ressaltou a necessidade de ratificação urgente do tratado de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul, em oposição à resistência da França.

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