Novo modelo de crédito imobiliário abrange incorporação
Novo modelo de financiamento imobiliário busca aumentar o direcionamento da poupança para o setor, permitindo maior acesso a crédito. Alterações nas taxas e garantias de recursos prometem beneficiar tanto a construção civil quanto os consumidores.
Novas diretrizes de crédito imobiliário estão sendo desenvolvidas pelo governo, abrangendo as principais modalidades de financiamento, incluindo a construção de novas moradias.
A liberação imediata dos depósitos compulsórios da poupança, que corresponde a 20% do saldo, está descartada. Esses recursos serão direcionados ao crédito imobiliário gradualmente.
Representantes da construção civil expressaram preocupações ao presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, sobre a possível redução na oferta de recursos para a incorporação. O novo modelo prevê aumentar o direcionamento da poupança para 100%.
A expectativa é que a exigibilidade de recursos dobre em dois anos, mantendo as taxas de juros próximas às atuais. O delineamento do novo modelo garante recursos para a incorporação, embora a duração das concessões de crédito imobiliário seja de cinco anos.
Concessões de taxas mais baixas dependem do aumento da oferta. Os bancos que oferecerem 100% do saldo da poupança podem usar esses montantes livremente, visando reduzir juros.
Fontes alternativas de funding têm juros mais altos, levando à necessidade de descontos nas taxas para originação. O governo também planeja ajustes na linha de crédito imobiliário corrigida pelo IPCA, estreitando a conexão com o mercado de capitais.
O novo arcabouço permitirá amortizações extraordinárias, tornando o crédito mais atrativo e reduzindo volatilidade. À medida que o funding migre para o mercado, os bancos deverão usar hedge para mitigar riscos.
Simulações indicam que o modelo atual, que capta recursos com base na poupança, é desaconselhável em um ambiente de funding de mercado, pois deixa os bancos vulneráveis a variações de juros.