Novo presidente do INSS deverá reestruturar autarquia após fraude em aposentadorias

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concedeu autonomia ao novo presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, para uma reestruturação ampla na autarquia. A nomeação ocorreu após a demissão de Alessandro Stefanutto, afastado por determinação judicial e exonerado devido a uma operação da Polícia Federal que investiga fraudes em descontos indevidos.

A expectativa do governo é que Waller conduza um pente-fino no INSS, ajudando a recuperar sua credibilidade, vulnerável a irregularidades.

Entre as primeiras tarefas de Waller está a organização do ressarcimento aos aposentados e pensionistas com valores descontados indevidamente. O governo espera que as devoluções ocorram em breve, com uma reunião estratégica marcada para sexta-feira (3)

• Waller poderá substituir diretores e chefias conforme suas avaliações.
• Outro desafio é zerar a fila de pedidos de benefícios previdenciários, uma meta perseguida por gestões anteriores.
• O Planalto acompanhará de perto a gestão de Waller, especialmente áreas de fiscalização e combate à corrupção.

A crise no INSS é um dos maiores focos do governo após a revelação de que descontos indevidos podem ter movimentado até R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. A oposição já colheu assinaturas para uma CPI na Câmara, aumentando a pressão sobre o Planalto.

O desempenho de Waller será crucial para a governança do INSS e para a narrativa do governo sobre a responsabilidade e resposta a fraudes no sistema previdenciário.