Novos guardiões digitais controlam quem vê o quê na internet e abalam quinto Poder

J.D. Vance compartilhou uma história engraçada no American Dynamism Summit, em Washington, na semana passada.

Ele falou sobre um jantar no Vale do Silício, onde um CEO anônimo de uma grande empresa de tecnologia sugeriu que os desempregados do futuro encontrariam propósito em jogos digitais imersivos.

Sua esposa, Usha, enviou uma mensagem de texto durante o evento: "Precisamos sair daqui. Essas pessoas são completamente loucas."

Embora a história contradissesse o tema do seu discurso, provocou risadas. Vance tentava promover um "grande renascimento industrial americano" e unir as divisões do movimento político de Donald Trump.

O discurso de Vance buscou alinhar os tech bros, como Elon Musk, e os nacionalistas da direita, como Steve Bannon, ambos elitistas antielitistas com a meta de minar o poder do Estado e da imprensa.

Historiadores definem o quinto Poder como uma atualização do terceiro Poder, com redes sociais dando voz a plebeus armados com smartphones. William Dutton, em seu livro "The Fifth Estate", defende que as redes sociais permitem acesso a informações alternativas.

Porém, surgiram efeitos negativos, como desinformação e a geração ansiosa. Um estudo mostrou que a internet móvel reduz a aprovação do governo, especialmente na Europa, favorecendo populistas.

Políticos populistas usam descontentamento gerado pelas redes para mobilizar apoio. O controle sobre a informação foi reconfigurado, com Musk comprando o Twitter, agora X, e introduzindo formas de controle algorítmico.

Campanhas progressistas reconhecem a desvantagem, mas estão determinadas a lutar por um futuro melhor. Bert Wander, da Avaaz, destaca a necessidade de usar essas ferramentas de forma eficaz, mobilizando 70 milhões de membros globalmente.

Três verdades emergem: o poder do quinto Poder é disruptivo e permanente, os populistas são hábeis em seu uso, e os progressistas devem melhorar seu desempenho rapidamente.