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Novos leilões para concessão de água e esgoto tendem a ter grande impacto social no N e NE

Leilões de saneamento em 2025 e 2026 visam impulsionar investimentos em Estados do Norte e Nordeste, onde a cobertura de serviços é crítica. Especialistas alertam que esses Estados precisam aumentar urgentemente os gastos para universalizar água e esgoto até 2033.

Leilões de Saneamento em 2025 e 2026

Os principais leilões de saneamento no Brasil ocorrerão em 2025 e 2026, focando em concessões e Parcerias Público-Privadas nos Estados do Norte e Nordeste, como Pará, Rondônia, Maranhão, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

Estes estados têm investimentos em saneamento muito baixos e ofertas de serviços de água e esgoto abaixo da média nacional. Luana Pretto, do Instituto Trata Brasil, afirma que eles precisam aumentar urgentemente os investimentos para alcançar a universalização até 2033.

No Brasil, o investimento médio em saneamento é de R$ 111 por habitante/ano, mas deve atingir R$ 231 por habitante/ano para garantir serviços universais.

Pará: Leilão previsto para 11 de abril com investimentos de R$ 18,5 bilhões. Atualmente, investe apenas R$ 22,38 por habitante. Água tratada: 51,1%; coleta de esgoto: 8,5%. A universalização pode trazer ganhos de R$ 97,5 bilhões até 2040.

Pernambuco: Leilão em 2025 deve gerar R$ 18,2 bilhões. Investe R$ 127,51 por habitante/ano. Água tratada: 85,7%; coleta de esgoto: 33,8%. Estudos mostram que rios recebem 195,7 bilhões de litros de esgoto não tratado/ano.

Rondônia: Concessão deve gerar R$ 5,8 bilhões. Investe R$ 79,60 por habitante. Água tratada: 55,9%; coleta de esgoto: 8,9%.

Paraíba: PPP de esgoto pode gerar R$ 5,7 bilhões. Apenas 38,9% da população é atendida.

A Abcon Sindcon prevê 26 leilões agendados para 2025, abrangendo 849 municípios e impactando 26,3 milhões de pessoas com investimentos de R$ 70 bilhões.

Christianne Dias, da Abcon Sindcon, destaca que o Marco Legal do Saneamento trouxe garantias contratuais para alcançar a universalização.

Maranhão: Programado para 2026, investe apenas R$ 23,94 por habitante, com água tratada: 56,6% e coleta de esgoto: 12,7%. A concessão pode alcançar R$ 18,7 bilhões.

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