Número de compradores de Shein e Temu despenca nos EUA após 'taxa das blusinhas'
Crescimento das varejistas chinesas nos EUA despenca após aumento de tarifas e mudanças nas políticas fiscais. Enquanto enfrentam desafios no mercado americano, Temu e Shein buscam novas oportunidades na Europa, onde o engajamento de usuários está em alta.
Temu e Shein enfrentam queda de usuários nos EUA após tarifas elevadas impostas pelo governo de Donald Trump sobre produtos chineses.
Segundo a Sensor Tower, usuários ativos mensais da Temu caíram 51%, chegando a 40,2 milhões, entre março e junho. A Shein também registrou queda, mas menor, de 12%, totalizando 41,4 milhões.
As duas varejistas, que tiveram crescimento acelerado com preços baixos, foram impactadas pela recente cobrança de taxas nos EUA após a eliminação da "lei de minimis", que isentava pacotes de até US$ 800 da China. A taxa inicial de 30% imposta por Trump chegou a 90%, antes de ser reduzida para 54% e após isso, para 30%.
A Temu alterou seu modelo de negócios, começando a enviar produtos de vendedores americanos para contornar a situação.
A queda no uso das plataformas também pode estar relacionada com uma significativa redução nos gastos com publicidade: Temu diminuiu 87% e a Shein 69% nos últimos três meses.
Ambas as empresas, anteriormente entre os top 15 anunciantes digitais dos EUA, agora estão fora do top 60.
Com o ambiente americano dificultado, Temu e Shein voltam suas atenções para a Europa, onde a Temu teve aumento de 76% de usuários na França e a Shein entre 13% e 20% nos principais países.
No entanto, o crescimento na Europa pode ser ameaçado por novas tarifas planejadas pela UE e considerações do Reino Unido sobre isenções de impostos de importação.
A Temu, embora não tenha comentado sobre suas métricas, ressaltou seu compromisso em "trabalhar com comerciantes em todas as regiões" e a expansão de seu marketplace local.