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Número de estudantes japoneses na China cai 11% desde ataques fatais com faca em 2024

A queda nas matrículas nas escolas japonesas na China reflete o clima de insegurança após ataques fatais. A diminuição do número de expatriados japoneses também aponta para uma crescente ansiedade em relação à segurança e ao ambiente de negócios no país.

Matriculas em escolas japonesas na China caem 11% desde o ano passado, em meio a preocupações com a segurança após dois ataques fatais com faca.

No dia 24 de junho de 2024, um homem esfaqueou uma japonesa e seu filho próximo a uma escola em Suzhou. A atendente de ônibus escolar, Hu Youping, tentou intervir e foi morta, com 54 anos de idade. O autor foi condenado à morte e executado em abril.

Outro ataque ocorreu em setembro, quando um menino japonês de 10 anos foi vítima em Shenzhen. O governo japonês aumentou a segurança dos expatriados, disponibilizando seguranças em ônibus escolares e colaborando com as autoridades locais.

Patrulhas policiais em Suzhou acontecem com frequência, mas expatriados afirmam: "não podemos baixar a guarda". Uma pichação na área vinculou o Japão a eventos da Segunda Guerra Mundial, suscitando temores de aumento do sentimento antijaponês.

O número de alunos nas 11 escolas japonesas na China caiu para 3.226, marcando o primeiro declínio desde 2020. Tetsuro Homma, da Panasonic, afirma que expatriados estão deixando suas famílias no Japão.

No 1º de outubro de 2024, havia 97.538 japoneses na China, uma queda de 4% em relação ao ano anterior, sem ultrapassar 100 mil pela primeira vez em 20 anos.

O declínio se deve a preocupações com segurança e mudanças nos negócios, com empresas japonesas substituindo funcionários por trabalhadores chineses para reduzir custos e expandir operações.

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