Número de mortes atribuídas ao calor na Espanha se multiplica por 17 entre maio e julho
Espanha enfrenta onda de calor sem precedentes com 1.180 mortes em dois meses. Dados revelam aumento alarmante na mortalidade de idosos, destacando a vulnerabilidade das regiões tradicionalmente mais frescas.
Ondas de calor na Espanha resultam em 1.180 mortes entre 16 de maio e 13 de julho de 2025, segundo o Instituto de Saúde Carlos III.
Esse número é quase 17 vezes maior que as 114 mortes registradas no mesmo período em 2024.
A informação foi discutida em reunião do Observatório de Saúde e Mudanças Climáticas (OSCC), com dados do sistema de monitoramento diário de mortalidade (MoMo) e da Agência Estatal de Meteorologia (Aemet).
Em apenas uma semana do mês, as mortes relacionadas ao calor aumentaram em 47% em comparação a junho, indicando uma tendência de aumento.
Cerca de 95,08% das vítimas tinham mais de 65 anos, com 59,24% sendo mulheres, grupo considerado mais vulnerável.
As regiões mais afetadas incluem Galícia, La Rioja, Astúrias e Cantábria, historicamente com verões mais amenos, agora enfrentando aumento na vulnerabilidade climática.
O Ministério da Saúde classificou a situação como um “episódio térmico de intensidade excepcional”, com temperaturas média de junho atingindo 23,6 graus - 0,8 graus acima do recorde anterior.
Previsões indicam temperaturas acima da média histórica para julho em toda a Espanha, com 76 níveis de risco vermelho registrados, em contraste com zero no ano anterior.