Número de registros de crianças no país atinge em 2023 menor patamar em oito anos, diz IBGE
Os dados do IBGE indicam que o Brasil registrou em 2023 o menor número de nascidos vivos desde 2015, refletindo uma queda de 0,7% em relação ao ano anterior. A pesquisa também destaca a significativa diminuição de registros entre mães mais jovens e a presença de sub-registro nas ocorrências.
Número de nascimentos no Brasil em 2023 atinge menor nível em oito anos
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que, em 2023, foram registrados 2.523.267 nascimentos, uma queda de 0,7% em relação a 2022.
Esse é o menor número desde o início da série histórica em 2015, com uma diminuição de 19.031 registros.
Além disso, o volume é 12% inferior à média de 2015 a 2019, que foi de 2.868.479 nascimentos.
A queda foi observada em diversas regiões do país:
- Sudeste: -1,4%
- Nordeste: -0,7%
- Sul: -0,7%
- Norte: -0,4%
- Centro-Oeste: +1,1%
Dentre as 27 unidades federativas, 18 mostraram queda, especialmente:
- Rondônia: -3,7%
- Amapá: -2,7%
- Rio de Janeiro: -2,2%
- Bahia: -1,8%
- São Paulo: -1,7%
Os pesquisadores apontam que a redução nos registros pode estar ligada à queda da natalidade e fecundidade no Brasil, evidenciadas por recentes censos demográficos e possíveis efeitos da pandemia de 2020.
O IBGE também observou um forte recuo nos nascimentos de mães com até 19 anos, com registros caindo de 583.088 em 2003 para 296.409 em 2023.
O estudo ainda abordou o sub-registro, com um percentual estimado de 1,05% dos nascimentos em 2023 e uma alta frequência entre mães jovens, com 6,57% de sub-registro para mães com menos de 15 anos.
Este fenômeno dificulta o acesso a serviços públicos essenciais e o reconhecimento oficial da criança pelo Estado.
Em média, o Brasil registrou 210.272 nascidos vivos mensalmente em 2023, com uma razão de 105 meninos para 100 meninas.