“Nunca deu certo”: Howard Marks sobre a mão pesada dos governos
Howard Marks alerta para os riscos de políticas econômicas intervencionistas, destacando os efeitos negativos do controle de aluguéis e tarifas comerciais. Ele defende que, em vez de regular a economia, os governos devem permitir que os mercados atuem livremente e apoiar aqueles afetados pelas consequências.
Howard Marks publicou um novo memo sobre os impactos negativos de soluções políticas em problemas econômicos.
No artigo Mais sobre revogar as leis da economia, ele discute políticas como controle de aluguéis e tarifas comerciais e suas consequências nos EUA.
As comparações com o Brasil são evidentes.
Na Califórnia, a tentativa de proteger moradores de áreas de risco, limitando os valores das apólices de incêndio, teve efeito inverso quando incêndios devastaram o estado no início do ano.
Marks utilizou IA da Perplexity para entender o mercado de seguros da Califórnia, obtendo resultados similares aos que ele poderia levar horas para produzir.
A legislação proíbe que seguradoras utilizem modelos de risco futuros, obrigando-as a basear preços em perdas passadas de 20 anos. Essa regra falha em capturar o aumento na frequência de incêndios.
Além disso, não podem ajustar prêmios para refletir os custos crescentes de resseguro. O resultado: a saída das grandes seguradoras do mercado, deixando menos de um quarto das propriedades afetadas seguradas.
Marks alerta: “O governo pode limitar o preço, mas não pode forçar a cobertura.”
Sobre tarifas, embora reconheça roles específicos, Marks critica a implementação imprudente que gerará aumento de preços, perda de competitividade e menor qualidade dos produtos.
Citando o historiador Niall Ferguson, ele menciona que economias desenvolvidas transitam de manufatura para serviços à medida que se enriquecem.
Marks conclui que o livre mercado não oferece soluções perfeitas, mas a tentativa de controle econômico falhou historicamente, como na União Soviética e na proteção em incêndios na Califórnia.
Defende que os governos devem permitir que os mercados operem livremente e gerenciar os efeitos colaterais, como oferecer suporte a trabalhadores afetados.
Em suma, “otimizar o bem-estar geral é diferente de garantir que todos prosperem.”