'Nunca tive dúvida sobre eficácia e potência da política monetária', diz Guillen
Diretor do Banco Central destaca a importância da política fiscal na economia e suas interações com o consumo e o mercado financeiro. Ele defende a eficácia da política monetária, mas admite a existência de mudanças estruturais que afetam suas reações em diferentes setores.
Diogo Guillen, diretor de política econômica do Banco Central (BC), afirmou que a política fiscal pode ter um impacto maior na economia do que o estimado nos modelos utilizados para definir a política monetária.
Embora o impacto fiscal puro de demanda seja considerado pequeno, ele afeta outros canais como consumo, mercado financeiro e prêmio de risco.
Guillen ressaltou que não vê perda de eficácia na política monetária, mas sim mudanças estruturais que resultam em reações diferentes, especialmente no setor de crédito.
Ele questionou a razão das reações heterogêneas das diferentes linhas, considerando fatores como falta de garantia e incerteza jurídica.
Sobre a PEC 65, que garante autonomia ao BC, ele considerou essencial, mas destacou que não tem relação com a política monetária e os fluxos do Tesouro.