O ajuste fiscal não pode esperar
Governo e Congresso se reúnem para discutir corte de gastos e aumento de arrecadação. A forte rejeição a novas alíquotas do IOF acelera a busca por soluções sustentáveis para as contas públicas.
Ministério da Fazenda e Congresso devem anunciar acordo para medidas de corte de gastos e ampliação da arrecadação.
A rejeição ao aumento das alíquotas do IOF criou uma crise, mas também despertou a consciência sobre um problema grave nas contas públicas.
O entendimento entre Congresso e governo sobre a necessidade de cortar gastos pode evitar um cenário preocupante até 2027.
Estão sendo discutidas medidas de curto prazo, como:
- Leilões de novas áreas de exploração de petróleo
- Taxação de criptomoedas
- Aumento das alíquotas de impostos sobre apostas
Medidas mais difíceis incluem:
- Cortes em benefícios tributários e fim da desoneração da folha em 17 setores
- Restrições ao Benefício de Prestação Continuada (BPC)
- Limitação no aumento da participação do governo no Fundeb
- Proposta de uma ampla reforma administrativa
Não podemos perder a oportunidade de interromper a crescimento do gasto público desde 2020.
A economia cresceu 1,4% no primeiro trimestre, apesar dos altos juros. É crucial agir agora, antes que uma crise fiscal se instale.
Aprendemos com a recessão de 2016, quando o PIB caiu 5,2% devido a gastos insustentáveis. O teto de gastos foi fundamental para a recuperação e devemos evitar que a situação se agrave novamente.