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O almirante escolhido como sucessor de Hitler e que teve apenas uma condenação de 10 anos — e pensão do governo

Dönitz foi escolhido por Hitler como seu sucessor na liderança do Reich em seus últimos momentos, após a exclusão de Göring e Himmler. Com a queda do regime nazista, ele tentou negociar uma rendição que mitigasse as perdas alemãs, mas foi preso após a guerra.

1º de maio de 1945: O ministro da Propaganda do Terceiro Reich, Joseph Goebbels, enviou um telegrama a Karl Dönitz, anunciando a morte de Adolf Hitler e nomeando Dönitz como seu sucessor.

Após o suicídio de Hitler, Goebbels também se matou, e a indicação de Dönitz surpreendeu a todos. Ele não mantinha contato frequente com Hitler desde 1944 e não esperava ter sido escolhido para sucedê-lo.

Hitler anteriormente havia considerado Hermann Göring como sucessor, mas o afastou após Göring insinuar que poderia assumir o poder. Já Heinrich Himmler foi descartado por tentar negociar com os Aliados.

Dönitz, embora não fosse um desconhecido, havia se destacado pela coordenação eficaz dos submarinos alemães, criando a técnica de “matilha de lobos”, que causou grandes danos aos navios aliados.

No entanto, aos 22h26 do dia 1º de maio, Dönitz anunciou a morte de Hitler e sua nova posição como líder, visando salvar o maior número de vidas possível durante a rendição.

Em 7 de maio de 1945, ele assinou a rendição da Alemanha, que foi seguida de uma segunda cerimônia em Berlim, a pedido de Josef Stalin.

Dönitz foi preso em 23 de maio e, durante seu julgamento em Nuremberg, afirmou que sua nomeação foi uma questão de sobrevivência política, já que ele era o único líder não preso. Ele foi condenado a 10 anos de prisão.

Após cumprir sua pena, Dönitz se retirou e publicou memórias, defendendo suas crenças nazistas até o fim. Em 1974, soube que a máquina de codificação Enigma havia sido decifrada pelos britânicos.

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