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O ambicioso plano soviético para desviar o curso dos rios da Sibéria com bombas atômicas

O Lago Nuclear, resultado de experimentos soviéticos com explosões nucleares para redirecionar rios, tornou-se um atrativo turístico enigmático. As consequências de suas criações continuam a gerar debates sobre a exploração da água siberiana e os impactos ambientais a longo prazo.

Lago Nuclear na Rússia: localizado a oeste dos Montes Urais, acessível somente por barco e uma trilha pantanosa. O lago, de 690 metros de largura, é cercado por placas de alerta sobre radiação.

O viajante Andrei Fadeev relata que apesar de a água ser transparente, seu dosímetro registrou níveis radioativos elevados.

História do Lago: formado em 1971 por explosões nucleares soviéticas, como parte do projeto "Taiga". O objetivo era criar um canal entre os rios Pechora e Kama para redirigir água para regiões áridas da Ásia Central. Essas tentativas visavam alterar grandes rios da Rússia.

O projeto, inspirado por planos de usar água siberiana para irrigação, recebeu grande investimento na década de 1970. Contudo, enfrentou resistência. A oposição cresceu, culminando no cancelamento do projeto após o desastre de Chernobyl em 1986.

Ideia Persistente: mesmo após o colapso da União Soviética, a proposta de redirecionar rios ressurge, com novas alegações de viabilidade tecnológica. Entretanto, especialistas alertam para possíveis consequências ambientais devastadoras.

Além de ser uma atração turística esquecida, o Lago Nuclear destaca os riscos de grandes megaprojetos e as complexidades envolvidas na gestão de recursos hídricos em regiões com crescimento populacional.

Após quase cinco décadas, há registros de radiação elevada, mas as autoridades afirmam que os níveis estão normais.

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