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O controverso 'Mar de Plástico' que transformou a região mais seca da Espanha na horta da Europa

O "Mar de Plástico" na Espanha se destaca como um imenso centro de produção agrícola, mas enfrenta críticas sobre sua sustentabilidade ambiental e as condições laborais de seus trabalhadores migrantes. A agricultura intensiva que abastece a Europa levanta questões sobre o equilíbrio entre riqueza e responsabilidade social.

Mar de Plástico, visível do espaço, ocupa 32.000 hectares no sul da Espanha, entre El Ejido e Almeria.

Esse complexo agrícola produzir 4 milhões de toneladas de alimentos por ano, exportando mais da metade para a Europa. Conhecido como a horta da Europa, gera US$ 5,1 bilhões anualmente, representando 40% do PIB de Almeria.

A região é uma das mais áridas da Europa, com apenas 54 dias de chuva por ano. A superexploração dos aquíferos se tornou essencial para garantir a produção.

Desde a década de 1950, o governo local utilizou novas tecnologias e estufas adaptadas para melhorar a agricultura. A irrigação por gotejamento permite produções constantes, sendo pimentão, pepino e melão os principais cultivos.

No entanto, questões ambientais e sociais emergem. A sobre-exploração da água provoca declínios ecológicos, enquanto organizações de direitos humanos relatam condições de trabalho precárias, com 60% dos trabalhadores sendo migrantes.

As estufas produzem 30 mil toneladas de resíduos plásticos anualmente, gerando preocupações sobre microplásticos no meio ambiente.

Ativistas pedem uma agricultura mais sustentável, alegando que a riqueza não se reflete na comunidade e que muitas condições laborais permanecem irregulares.

A produção deve ser reduzida para preservar recursos naturais enquanto se busca uma solução que beneficie tanto a economia quanto a sustentabilidade.

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